sábado, 2 de abril de 2016

DOIS DE ABRIL E...VOLTAMOS À VERDADE!!!



Em seu esforço hercúleo e atabalhoado de manter-se à tona dos graves acontecimentos que respingam em seu governo e no afã de garantir, a todo o custo, a sua permanência na cadeira presidencial, Dona Dilma está levando ao palco do circo em que se transformou o Palácio do Planalto, uma programação de eventos, exclusiva para simpatizantes dispostos a sempre aplaudir as suas já cansativas e delirantes diatribes e demonstrar, com palavras de ordem, que estão do seu lado e apoiam todos os seus gestos.

 Ontem, primeiro de abril [estive para não acreditar!], o espetáculo foi para os trabalhadores na agricultura. Nenhuma palavra sobre a reforma agrária, sobre a qual já se escreveu tanto e se produziram tantos discursos, mas, que até agora, foram incapazes de tirá-la do papel. Enquanto isto, proprietários de terras matam e morrem.

 Invasores matam e morrem, numa guerra nunca declarada, mas real. Da programação de ontem, constou o discurso desconexo e inflamado do secretário da CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura). Não propôs nenhuma solução para os conflitos no campo. Ao contrário, convocou os trabalhadores para mais conflitos abertos e explícitos. O que significa mais invasões, mais ocupações e mais quebra e desrespeito à ordem pública. 

Para justificar o seu destempero e insanidade, invocou até uma suposta tentativa [sem dizer de onde nem de quem partiu], de intimidar e incomodar determinado ministro do Supremo [também não disse quem]. 

Seja como for, o significado de suas palavras é claro: vamos fazer o mesmo com os fazendeiros e donos de terras! Vamos perturbá-los. Eles vão ver o que é bom para gripe. Ou seja: quase um “ultimatum”, uma verdadeira provocação de guerra.

 Mas, o que chamou mais a minha atenção, foi que, logo em seguida, tomou a palavra a presidentA. Não repreendeu o orador, como era de se esperar de alguém que quer paz e sossego para governar. Em vez disso, fingiu-se de distraída e ainda disse que “o meu governo não quer violência”. “Eles” [naturalmente os golpistas] é que querem. Ou seja: violência se combate com violência.

 Atitude frontalmente contrária aos bons princípios e aos preceitos que regem as nações civilizadas.

 Ao concordar, mesmo que tacitamente, com atitudes como esta, apregoada pelo dito secretário, a senhora Dilma, sem querer, faz um recuo aos antigos romanos, que dedicavam grande parte de seu tempo às guerras de conquista, com o sacrifício de milhares de vidas. E, quando questionados,desculpavam-se com a famosa frase: “Se queres a paz, prepara a guerra”.

 Quando nada, um retrocesso de três mil anos!!! E, para um governo que sempre está a declamar que o país precisa de tranquilidade para prosseguir avançando nas conquistas sociais e democráticas, é, no mínimo, preocupante.

VALTER ARAUJO- FUNDADOR E DIRETOR DO COLÉGIO POLIVALENTE DE BARBACENA-1972- APOSENTADO PELA UNIVERSIDADE NEWTON DE  PAIVA/ BH/MG


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